O sabor da vida

Não tenho visto muito cinema mas este era obrigatório. La Passion de Dodin Bouffant, ou o sabor da vida na tradução para português, é um filme emocionante e lindíssimo, onde a cozinha é o palco.

Centrado na alta gastronomia consegue, no desenrolar das cenas e ao longo de todo o filme, envolver todos os nossos sentidos. Contudo, o amor e a sensibilidade ocupam o lugar central.

Para os amantes da arte de bem cozinhar, é imperdível!

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Ramen Shop – Negócio de Família

Para quem gosta muito de cinema e nada menos do lado gastronómico da vida, este filme é delicioso, não para as papilas gustativas, que aqui não são chamadas a intervir, mas para os outros sentidos, porque esses também precisam de alimento.

Ramen shop reúne todas as artes envolvidas no cinema e ainda adiciona essa, a grande arte da confeção de alimentos que é, não raras vezes, transmitida de gerações em gerações.

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A nossa irmã mais nova (Filme)

A história centra-se no encontro de três irmãs, abandonadas primeiro pelo pai e depois pela mãe, com a sua irmã (apenas da parte de pai) mais nova, e no quotidiano familiar e social depois que a convidam para morar com elas quando ficou orfã de pai e mãe.

De uma grande sensibilidade poética é um filme para ver com tempo e disponibilidade para absorver cada momento, apreciar as excelentes interpretações, a fotografia, a banda sonora, as paisagens, os diálogos que retratam o quotidiano e a peculiaridade das relações familiares e humanas.

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A filha perdida

Era um filme aguardado com muitas expetativas para os seguidores e apreciadores da escrita de Elena Ferrante.

Embora baseado na obra da misteriosa escritora, o filme, uma espécie de triller psicológico que não segue em rigor a narrativa do livro, embrenha-nos no enredo sem pressas. Confesso que nos primeiros 20 minutos a atmosfera não me conseguiu prender. A partir daí seguiu em crescendo e no final, feita a retrospetiva, é seguramente um filme que veria de novo. O que raramente faço.

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Capharnaum

Este foi seguramente o filme que nos últimos tempos mais me comoveu, e mais mexeu com as minhas emoções e sentimentos, tal a crueza e a honestidade da abordagem. Há momentos em que nos parece estarmos diante de um documentário, há momentos em que apetece desistir de ver tanta tristeza, há momentos em que nos queremos convencer que é só um filme de ficção e, por isso, muito do que vemos não passa disso mesmo, ficção. Só que não.

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Maudie

Tudo é delicado e encantador neste filme. A história, os sentimentos, o cenário, a fotografia, a banda sonora, até o genérico final, uma delicia.

 

Maudie é um filme sobre a vida da pintora Maud Lewis. Colecionador de prémios, deixa uma mensagem de simplicidade, de como é possível ser feliz com muito pouco, se o soubermos valorizar.

 Maud Lewis (Sally Hawkins) tem  artrite reumatoide, o que lhe causa deformações nas articulações do seu corpo. Quando o irmão vende a casa que era dos pais, Maud vê-se sozinha e precisa de encontrar um emprego. Ainda que a sua doença lhe traga  grandes dificuldades, ela supera-as, e consegue o emprego de empregada doméstica de um homem rude, que vive sozinho e isolado. Apesas das suas limitações físicas, a sua determinação e as habilidades artísticas irão permitir que ela se torne uma artista de sucesso no Canadá.

O enredo gira à volta dos dois personagens principais, com interpretações maravilhosas de Sally Hawkins e Ethan Hawke, destacando-se especialmente a da atriz.

Um filme doce, delicado e cheio de ternura sobre personagens marcantes, que deixam lições de vida ao mundo e o tornam mais rico. Seguramente a não perder!